Filho de Alfredo de Almeida, que veio a ser proprietário da casa de fados O Faia, situada no Bairro Alto, e de Lucília do Carmo, uma das mais distintas fadistas do século XX, de quem viria a adotar o apelido, Carlos do Carmo nasceu em Lisboa a 21 de dezembro de 1939 onde ainda hoje vive.
A sua carreira teve início aos 9 anos de idade, quando gravou um primeiro disco, mas os registos oficiais dão 1964 como o tiro de partida para um percurso carregado de canções que ficaram na história da música portuguesa.
São igualmente inúmeros os prémios e distinções que ao longo de uma carreira de mais de 50 anos distinguiram a sua arte de respeitar e, ao mesmo tempo, inovar o fado. Partindo do chamado fado tradicional, mas com uma bagagem musical onde podemos encontrar Frank Sinatra, Jacque Brel, Elis Regina ou José Afonso, Carlos do Carmo foi construindo um reportório de onde se destaca o álbum “Um Homem na Cidade” entre muitos outros espécimes da mais alta estirpe que gravou ao longo da sua carreira.
De entre as sua canções mais populares destacam-se interpretações como “Os Putos”, “Um Homem na Cidade”, “Canoas do Tejo”, “O Cacilheiro”, “Lisboa Menina e Moça”, “Estrela da Tarde”, “Duas Lágrimas de Orvalho” muitos deles escritos com José Carlos Ary dos Santos, Fernando Tordo e Paulo de Carvalho.
Carlos do Carmo tornou-se o primeiro português a ganhar um Grammy e logo numa das categorias mais consideradas, o “Lifetime Achievement”, entregue apenas aos artistas pelo conjunto da obra que produziram ao longo da sua carreira.