Dário Mira começou nesta vida de “cantor de sonhos” aos 16 anos. “Sempre gostei de cantar, mas tinha muita vergonha. A primeira coisa que fazia quando chegava a casa era ir para o meu quarto e ali ficava à espera que toda a gente saísse para poder trautear as minhas músicas. Quando ouvia alguém chegar a casa parava. Até que um dia fui surpreendido pelo meu padrasto. Ele achou que eu tinha muitas potencialidades e incentivou-me a cantar em público. No princípio recusava, no entanto, ele conseguiu convencer-me e fui cantar a uma festa da Rádio Castrense”, conta. A partir deste momento o seu caminho só poderia ser um: a estrada.
“Comecei a andar por aqui e por ali. Atuava um dia num sítio, outro noutro e comecei a perceber que era isto que queria para a minha vida, que era isto que me fazia feliz. Fazia todo o sentido lutar por isso”, lembra o rapaz, que apesar de já ter pisado inúmeros palcos e enfrentado diversos públicos, não deixa de transparecer a sua timidez. Daí até encontrar uma produtora e uma editora foi um passo. Hoje quem o acompanha para todo o lado é a produtora País Real.
“Sempre cantei este tipo de músicas porque sempre foi o que mais gostei de ouvir e porque é neste registo que melhor me sinto a cantar. Experimentei outros géneros, mas sempre me aconselharam que este era o meu caminho e identifico-me claramente com este estilo”, diz.
Dário Mira considera que as suas músicas são canções que fazem sonhar e não se deixa abalar com as opiniões mais preconceituosas. “Eu gosto muito do que faço. Sinto-me muito bem, mas sei que há muita gente que ainda tem algum preconceito, no que diz respeito a este género de música. Eu canto música portuguesa romântica e é isso que gosto de fazer”.