Jorge Palma, um dos maiores compositores e intérpretes da música portuguesa, é um poeta boémio e um “trovador errante”, como já alguém o chamou. Uma figura de culto, que consegue reunir à sua volta um grupo de fiéis seguidores.
A estreia a solo dá-se em 1972 com o single “The Nine Billion Names Of God”. No ano seguinte, edita novo single, desta feita em português, resultado de um trabalho de aperfeiçoamento da escrita na nossa língua com o poeta Ary dos Santos.
O primeiro LP, “Uma Viagem na Palma da Mão”, é lançado em 1975 e coincide com um período de intenso trabalho como orquestrador (em que chegou a colaborar com Amália Rodrigues), compositor e letrista. De registar ainda a sua participação no primeiro Festival da Canção do pós 25 de abril. Em 1977, lançou o segundo álbum “Té Já”, passando pelo Brasil e Espanha, onde tocou na rua, em várias cidades. Nos dois anos seguintes, desloca-se até França, nomeadamente a Paris, onde volta a tocar um pouco por toda a parte, desde bares e esplanadas passando pelo metropolitano. Em 79, novo regresso ao nosso país, marcado com o terceiro álbum “Qualquer Coisa Pá Música”. E em 82, depois de regressar novamente de Paris, com a sua segunda mulher, grava um duplo LP, “Acto Contínuo”. Dois anos depois, é a vez de “Asas e Penas”. E em 85, edita um dos seus mais aclamados álbuns de sempre, “O Lado Errado da Noite” do qual extrai o single “Deixa-me Rir”, que é, ainda hoje, um dos seus maiores êxitos comerciais.
Em 1986, conclui o Curso Geral de Piano e grava o seu sétimo álbum de originais “Quarto Minguante”. Nos anos seguintes, continua a dedicar-se ao piano, tendo, em 1990, concluído o Curso Superior de Piano do Conservatório de Lisboa, um ano depois de editar o seu último álbum de originais até ao momento, “Bairro do Amor”.
Em 2001, depois da coletânea “Dá-me Lume”, editada um ano antes, Jorge Palma regressa com o primeiro disco de originais em 12 anos: o muito aguardado álbum homónimo com produção de Flak.
Em 2004, regressa à edição de álbuns originais com “Norte”, título inspirado numa fase de desprendimento do consumo de álcool por parte do artista.
Três anos depois, o cantor lisboeta publica “Voo Noturno”, um álbum recheado de colaborações (entre as quais, de João Pedro Pais).
Em 2011, Jorge Palma lança “Com Todo o Respeito”, longa-duração que volta a contar com Flak (dos Rádio Macau) na produção.