A pop de ouro, ora charmosa ora descomprometida, à la anos 40 e 50, é recuperada e renovada. Toca-se o swing, o fado, os blues, o ié ié, e até o rockabilly. Em OS ELÉCTRICOS viaja-se por uma Lisboa de bairros, e de um Tejo intemporal, e revive-se nomes como Francisco José, Júlia Barroso, Tony de Matos, João Villaret, e Maria Clara, entre muitos outros. Reinventa-se um tempo e as suas melhores canções. E nunca se fica parado. É que estes OS ELÉCTRICOS, simplesmente não param. Da Graça aos Prazeres, pode-se e deve-se cantar, e também há espaço e renovadas oportunidades para dançar e improvisar, enquanto se recria canções como “Cartas de Amor”, “Vocês Sabem Lá”, “Teus Olhos Castanhos”, “Fado do 31”, e “Procissão”, entre muitas das bonitas pérolas da rádio eterna, em plena emissão da alegria de estar vivo. No Salão de Chá, no Baile de Finalistas, na Festa de Rua, na Coletividade, no Festival, ou no Teatro, OS ELÉCTRICOS são uma novíssima banda pop, com uma portugalidade bem bonita e assumida, estética revivalista, e um coração, enorme, lisboeta, onde cabem muitas músicas do mundo. Não é pois de admirar que num concerto deste grupo o Fado se junte ao Country, ou um Rock’n’Roll convide uma Marcha Popular para a desgarrada, e um Tango dance com um punk rock à moda da Lapa. Mais se conta que os originais deste grupo, sim já há alguns, seguem a linha estética bem vintage. O tema “Anda Um Cupido a Voar”, é disso um perfeito exemplo.